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ANAPE participa do II Fórum Nacional de Direito e Infraestrutura

O Presidente da ANAPE, Marcello Terto, participou na terça-feira (18/11), na sede do Conselho federal da OAB, em Brasília, do II Fórum Nacional de Direito e Infraestrutura. Ao se manifestar durante a abertura, Terto observou que eventos dessa magnitude exigem a participação dos agentes de defesa do Estado. Segundo ele, a atual crise que assola o país demonstra que o Brasil precisa se reorganizar e adotar uma nova visão em relação às contratualizações no Direito Administrativo.
Por sua vez, presidente da OAB Nacional Marcus Vinicius Furtado Coêlho, destacou que “Apesar dos progressos experimentados pela Nação,a nossa infraestrutura ainda constitui gargalo para o avanço e o desenvolvimento do nosso País”. Marcus Vinicius citou ainda o Relatório de Competitividade Global para 2013-2014, em que o Brasil ficou em 114º do ranking de qualidade de infraestrutura, atrás de países como Romênia, Azerbaijão, Bolívia e Etiópia. “Essa deficiência foi apontada como o maior obstáculo para se fazer negócios no País”.
Também estiveram presentes na solenidade de abertura do evento, o presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Jurídicos da Infraestrutura (IBEJI), Rafael Valim; o redator-chefe da revista Carta Capital, Sérgio Lirio; o presidente e o vice-presidente, respectivamente, da Comissão Especial de Direito da Infraestrutura do Conselho Federal da OAB, Augusto Neves Dal Pozzo e Gabriel Ciríaco Lira e o Diretor Financeiro da ANAPE e, também Presidente da APDF, Helder Barros.
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Na sequencia, o Ministro do STF, Teori Zavascki proferiu a palestra de abertura sobre o tema “Poder Judiciário e Segurança Jurídica”. Teori destacou o parágrafo único do artigo 170 da Constituição Federal. “É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Portanto, a atividade e econômica é submetida ao regime de legalidade e é importante a participação do Estado”. “É importante ter segurança jurídica nas atividades econômicas. O Brasil está evoluindo e aproximando cada vez mais de países com vasta tradição nessa atividade do Judiciário de dar legitimidade às regras do jogo”, ressaltou o ministro da Suprema Corte.
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Segundo ele, o Estado tem dois objetivos. “O primeiro, com importante papel, é o do Legislativo, de criar leis. O segundo é o do Judiciário, que faz cumprir essas regras. Eles são complementares e têm seu próprio campo de atuação. O adequado funcionamento desses poderes é que dão segurança jurídica ao sistema”, explicou.
Ao conceituar “segurança jurídica”, o ministro disse que ela não é o sinônimo de petrificação do direito e disse que é o contrário, significa mudanças. “É importante que as mudanças sociais sejam acompanhadas pela mudança na legislação, portanto pela mudança da atividade do Judiciário sobre a atividade econômica. A mudança social impõe que também haja uma adaptação da legislação. Muitas vezes a mudança da legislação impõe a mudança da realidade social. Então, há uma dupla face dessa visão das regras estatais no âmbito das atividades econômicas”.

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