Com ASCOM CFOAB
O Presidente da ANAPE, Marcello Terto, participou na quarta-feira (02/03), na sede do Conselho federal da OAB, em Brasília do lançamento da campanha nacional “Agora chega de aumentos na carga tributária”. A campanha cobra do governo a boa aplicação dos já fartos recursos arrecadados dos cidadãos e conta com a mobilização da sociedade civil organizada capitaneada pela OAB.
O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, ressalvou logo no início do ato que o movimento não tem donos, sendo a união dos esforços de cada entidade que trará sucesso à empreitada. Segundo o presidente da OAB Nacional, a Ordem replicará o evento desta quarta em todas as suas 27 seccionais, permitindo que a mensagem chegue ao maior número de pessoas. Todas as entidades de alcance nacional farão o mesmo movimento.
“Este é um ato simples, mas de profundo simbolismo para o lançamento do movimento. Brasil precisa de um movimento com todos os segmentos da sociedade, que representam entidades variadas, dando sinal claro para os cidadãos que não aceitamos mais carga tributária e soluções simples para resolver problemas que não foram criados por nós”, afirmou Lamachia.
O presidente da OAB refletiu ainda sobre o grande número de entidades da área de saúde envolvidas no movimento, relembrando que a CPMF quando foi criada era destinada à melhoria da saúde. “Temos dito que no Brasil faltam recursos para saúde, segurança e educação, mas sobra para a corrupção”, comparou.
O evento desta quarta marcou também o lançamento do site do movimento “Agora Chega de Carga Tributária”, disponível neste link. No endereço eletrônico, os cidadãos podem apoiar a campanha assinando sua colaboração por meio das mídias sociais, como Facebook, e compartilhar a campanha, assim como conhecer as entidades envolvidas e acompanhar o noticiário sobre o tema, além de ter acesso ao material da campanha (banners e posts para redes sociais). A hashtag oficial do movimento é #NãoàCPMF.
Futuramente, será realizada uma grande caminhada até o Congresso Nacional, onde será entregue o manifesto elaborado pelas entidades da sociedade civil contrárias ao aumento da carga tributária, à recriação da CPMF e com outras demandas.
Manifestações
O conselheiro federal Bruno Reis apresentou manifesto elaborado por entidades de Minas Gerais, afirmando que espera que a CPMF não seja aprovada, pois só traria retrocessos ao país, sendo que a população não aguenta mais o governo alcançando a mão até o bolso dos contribuintes.
“Temos que nos engajar para que o povo brasileiro tenha consciência do que está acontecendo, saibam como são usados seus tributos. Há países com taxas maiores que a brasileira, mas com serviços muito melhores”, afirmou Antonio Rodrigues da Silva, presidente da ANPREV (Associação Nacional dos Procuradores e Advogados Públicos Federais).
Aurélio Dallapicula, do Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas, disse que “observa-se no país todo a sangria ao bolso do contribuinte”. “Precisamos de movimentação para dar um basta a isso, não há mais como suportar a criação de novos impostos”, asseverou.
Para Luis Boudens, da FENAPEF (Federação Nacional dos Policiais Federais), os policiais federais têm obrigação de participar desta luta, pois combatem todos os dias a corrupção. Também afirmou que as associações estaduais estarão engajadas no movimento.
“Sociedade não tem que pagar pato para manter máquina inchada que não traz benefícios à sociedade. Não existe sinalizador de para onde serão encaminhados tributos. CPMF tinha finalidade de tirar saúde do caos, o que não aconteceu”, afirmou Rogério Fernandes, da Federação dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde no Estado de Minas Gerais.
João Martins, presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), explicou que o setor que representa não aguenta mais impostos, senão perderá a competitividade que possui no mundo todo. Já Antonio Vieira, da Associação Brasileira dos Jornalistas, pediu que todos se engajem em espalhar a mensagem do movimento pelas redes sociais, levando explicações à população de por que é importante lutar contra a volta da CPMF.