A Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a Polícia Civil formalizam na última sexta-feira (2/1) a criação de uma força-tarefa para apurar a fraude envolvendo a colocação de próteses médicas. O trabalho conjunto possibilitará a troca de informações e a apuração de novas denúncias.
Segundo a Procuradora do Estado, Fabrícia Boscaini, a PGE contabiliza 34 processos judiciais movidos contra o Estado de pedidos para a implantação de próteses acima de R$ 100 mil, e 31 processos contra o Instituto de Previdência do Estado (IPE). Tratam-se de casos suspeitos de superfaturamento.
"Temos o caso de um processo que a prótese orçada inicialmente era de R$ 130 mil. A paciente não teve decisão judicial favorável e o processo seguiu seu curso. Ao longo da tramitação, ela informou que fez o procedimento de forma particular e a prótese custou R$ 7 mil", afirmou Fabrícia Boscaini, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta terça-feira (6/1).
O titular da Delegacia Fazendária da Polícia Civil, Joerberth Nunes, projeta em dois meses o prazo necessário para a conclusão do inquérito. Segundo ele, dirigentes do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) e do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) deverão ser ouvidos para colaborar na investigação.
O presidente da APERGS, Luiz Fernando Barboza dos Santos, destacou o trabalho realizado pela Procuradoria do Domínio Público Estadual (PDPE) na apuração dos casos. "Os Procuradores do Estado são advogados de todos os cidadãos e atuam diariamente para protegê-los de fraudes como esta, que lesam os cofres públicos e, consequentemente, o bolso dos contribuintes", afirmou.
A entrevista da Procuradora do Estado Fabrícia Boscaini para o programa Gaúcha Atualidade pode ser ouvido a partir do link:
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