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Anape adere à campanha "Menos Rótulo, Mais Respeito"

Em audiência na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Goiás (OABGO), a Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF - Anape também aderiu à Campanha "Menos Rótulo, mais Respeito", idealizada por procuradoras do Estado de Goiás. O objetivo é promover um trabalho de conscientização e de combate ao machismo que ainda permeia as relações de trabalho e profissionais contra a mulher, em todo âmbito social. A previsão é de que o projeto seja oficialmente lançado em março deste ano, mas o encontro de hoje permitiu delinear a proposta, estudar parcerias, bem como estabelecer estratégias para divulgação da campanha nos meios de comunicação e na sociedade.
Trata-se de um trabalho de conscientização e combate ao machismo institucionalizado nas relações de trabalho e profissionais, contra a mulher em todo âmbito social. O presidente da Anape e também Conselheiro Federal da OAB, por Goiás, Marcello Terto, deu seu testemunho da qualidade do material produzido pela campanha: "O conteúdo dos diversos materiais publicitários produzidos é leve, mas contundente o suficiente para mostrar ao público alvo, homens e mulheres, por traz de quais rótulos se esconde o machismo. Impressiona, aliás, pela qualidade. O fato de ter sido idealizado por colegas da PGE-GO muito nos orgulha e contribuiremos para levar essa ideia a todo o país através do sistema Anape. Cada associação estadual fará o que a APEG e a OABGO se comprometeram a realizar aqui."
Estão envolvidas na busca pelo auxílio no Sistema OAB e outras instituições, além da presidente da CEVM, a conselheira federal e procuradora do Estado, Valentina Jungmann, e as conselheiras seccionais Eliane Simonini Baltazar Velasco, Janine Almeida Sousa de Oliveira, Lilian Pereira de Moura e Ariana Garcia do Nascimento Teles, que também agendou reunião com a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA), no Conselho Federal, para apresentação da campanha e pedido por esforços de engajamento no plano nacional.
A procuradora estadual Poliana Dias Alves Julião conta como surgiu a ideia. “A proposta surgiu a partir de discussões em um grupo de Whatsapp, no qual trocávamos experiências e discutíamos diversas situações em que mulheres foram alvo de atitudes sexistas e discriminatórias. O foco da campanha será o ambiente de trabalho, mas obviamente a questão se desdobrará para outros contextos”, aponta.
Carla Pinheiro Bessa Von Bentzen Rodrigues, que também é procuradora estadual, explica a finalidade do projeto. “Queremos combater o que percebemos como sendo o machismo institucional e sensibilizar as pessoas, especialmente as mulheres, para que fiquem atentas a situações de microviolência, que não é uma violência física, mas moral. A mulher no ambiente de trabalho muitas vezes é menosprezada; em reuniões, não é ouvida ou constantemente interrompida; não tem suas ideias valorizadas, a menos que sejam endossadas por um homem”, enumera. A procuradora afirma também que quer mostrar que as mulheres não precisam abdicar de suas ambições profissionais em função de uma eventual gravidez. “Queremos mostrar que as atribulações da maternidade podem e devem ser divididas com o parceiro”, completa.
“Homens e mulheres ganharão um mundo muito melhor, não apenas no ambiente profissional, mas também pessoal, pois não dá pra estabelecer essa dicotomia. Essas esferas convergem-se. Estamos absolutamente otimistas e muito entusiasmadas em abraçar essa campanha, que tem uma mensagem clara e universal, além fronteiras. Se formos analisarmos culturalmente, percebemos a presença destas ‘mini agressões’, que podem ser muito sutis ou não, tanto no ambiente público, como privado”, afirmou a procuradora do Estado Sandra Regina Maria.
As procuradoras fizeram questão de enaltecer a receptividade ao projeto, em especial por parte da Anape e da OAB. "Nós mulheres estamos nos mobilizando pela iniciativa das procuradoras, porque entendemos a necessidade da divulgação e adesão a essa campanha, de relevante importância para a sociedade, na intenção pelo respeito à capacidade intelectual da mulher, bem como o fim do preconceito institucionalizado. Além disso, a criação artística do projeto está belíssima, e é de autoria da publicitária Kétina Ferreira, da RR Publicidade", diz a conselheira seccional Ariana Garcia.
A seccional já havia expressado sua anuência à campanha através do apoio anunciado pela Comissão Especial de Valorização da Mulher (CEMV). A presidente da comissão, Kátia Paiva, justifica a relevância da iniciativa. “Vivemos em uma sociedade muito ‘rotulista’, que atinge não só as mulheres, mas a sociedade de forma geral. O objetivo da campanha é valorizar a mulher não só no ambiente de trabalho, mas em outros contextos, seja público ou privado, tendo em vista que as mulheres muitas vezes são menosprezadas e não tem suas ideias valorizadas”, avaliou.
A reunião contou com a presença dos presidentes da OABGO, Lúcio Flávio Siqueira de Paiva, e da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (CASAG), Rodolfo Otávio Mota, além da secretária-geral adjunta da seccional goiana, Delzira Santos Menezes, do conselheiro federal e presidente da Anape, Marcello Terto e Silva; e das conselheiras seccionais Eliane Simonini Baltazar Velasco, Lilian Pereira de Moura e Ariana Garcia do Nascimento Teles; e da presidente da Comissão Especial de Valorização da Mulher (CEVM), Kátia Pereira dos Santos Paiva; que receberam as procuradoras Carla Pinheiro Bessa Von Bentzen Rodrigues e Sandra Regina Maria Ferreira D’Artagnan de Castro.
 

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