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Ministra alerta que inteligência artificial generativa pode gerar discriminação

 

Em mais uma iniciativa da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape) de promover pautas sociais relevantes, foi realizada, nesta terça-feira (10), a live em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos. A convidada foi a ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edilene Lôbo, que falou sobre o tema: “Direitos Fundamentais, a Inteligência Artificial e os impactos na agenda dos Direitos Humanos".

A magistrada explicou que a inteligência artificial generativa é um modelo de tecnologia que utiliza grandes modelos de linguagem, com computadores muito avançados, que são alimentados por dados e processados por meio de fórmulas, os denominados algoritmos. Os três grandes exemplos são ChatGPT, Gemini e Copilot.

O que causa preocupação é que esses modelos refletem o que seus desenvolvedores estabelecem: imagens de homens brancos, saudáveis, de classe média alta e heterossexuais - um padrão que não se aplica a boa parte da população mundial, inclusive ao Brasil, já que 56% dos brasileiros são negros.

Edilene Lôbo usou como exemplo o reconhecimento facial, em que os modelos algorítmicos são reprovados 100% quando aplicados às pessoas negras, porque os sistemas não utilizam essas imagens em sua construção. Ela ressaltou também que o mesmo acontece com as mulheres. “Imaginem esses modelos de linguagem aplicados a serviços públicos, como o serviço judicial, por exemplo, eles podem oferecer desvios, discriminações importantes”, alertou.

A coordenação foi realizada pela procuradora do Estado da Bahia e diretora de Direitos Humanos da Anape, Cristiane Guimarães. A íntegra da palestra está disponível na página do Youtube da associação.

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